É de conhecimento geral, ou pelo menos deveria ser, que os terreiros de Umbanda e Candomblé são e foram celeiros de preservação da história da cultura africana presente no Brasil.
Ainda me surpreendo quando me deparo com afro-religiosos que desconhecem elementos básicos das nossas tradições religiosas, como a diferença entre as nações religiosas do candomblé.
O Candomblé não é uno, é múltiplo, e forma-se no Brasil, com sua multiplicidade de origens africanas. Ketu, Angola, Jeje, Ifá e Umbanda, fazem parte do grupo que hoje chamamos de religiões de matrizes africanas. E são matrizes mesmo, não matriz.
Quando falamos de África, não podemos esquecer que estamos falando de um continente, formado por centenas de grupos étnicos, diversas convicções religiosas, inúmeras línguas e dialetos.
Através da diáspora africana, muitos destes grupos foram trazidos para o Brasil, com suas múltiplas diferenças. Os principais foram os grupos iorubás, bantus, e Ewe Fon. Basicamente ao fazer esta simples análise chegamos a conclusão de que somos formados por diversas matrizes africanas.
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